Sobre os pecados da comunicação
Isto o disse pela primeira vez em uma conferência realizada em Buenos Aires quando era arcebispo. Ocorreu-me falar dos quatro pecados da comunicação, do jornalismo. Primeiro, a desinformação: dizer o que me convém e calar-me quando não. Não, digas tudo, não podes desinformar. Segundo, a calúnia. Inventam-se coisas e às vezes destroem uma pessoa com uma comunicação. Terceiro, a difamação, que não é calúnia, mas que é como conduzir uma pessoa a um pensamento que teve em outra época e que já mudou. É como se a um adulto lhe trouxessem suas fraldas sujas de quando era pequenino. Era menino, pensava assim. Mudou, agora é assim. E para o quarto pecado, usei a palavra técnica coprofilia, isto é, o amor à caca, o amor à porcaria. Ou seja, buscar sujar, buscar o escândalo pelo escândalo. É o amor ao sujo, ao feio.
Papa Francisco
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Sobre as notícias falsas e as teorias conspiratórias
As fake News e as teorias conspiratórias são meios para manipular as pessoas, mantê-las na dúvida e gerar conflitos na sociedade. Dessa maneira, se logra dividir as pessoas e que não prestem atenção ao que acontece.
Renata Salecl
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Sobre o universo e a gente da terra
É tão concreto, tão tremendo e tão incomensurável o universo que não se sente nada. Na atualidade, com a tecnologia que oferece multiplicidade e imediaticidade, alguns temas importantes se banalizam ou estereotipam, provocando uma adesão passageira que prontamente cai no ouvido. Diz-se, escreve-se: “Vocês são a raiz”, “Vocês são os donos da terra”. Nem raiz, nem donos. Somos mapuche, gente da terra. Esta concepção implica pertencimento, responsabilidade e convivência, longe de toda jactância.
Luisa Calcumil