Palavras emprestadas Compreender para contar. Compreender para mudar

“Este número que vocês têm em suas mãos para nós é ter cumprido um sonho. O de por um limite ao discurso dominante fazendo uso das armas nobres com as que praticamos o que sabemos fazer (…) Não queremos atribuir-nos nada que nos exceda, mas sabemos que quando se tenha o equilíbrio destes tempos obscuros, que sempre chega, os conteúdos da revista serão reconhecidos como um aporte na batalha contra o esquecimento e a desmemória. Nem o principal, nem o único.

(…) Estivemos onde se tinha que estar quando outros baixavam a cabeça ou se negavam a compreender a tragédia que implicou passar de um modelo que, ainda com suas insuficiências, tinha a produção, o emprego, a soberania e o desenvolvimento tecnológico entre suas prioridades, a outro implementado por uma junta de negócios que propicia o saque neocolonial, a entrega mansa ao FMI e a destruição de direitos cidadãos em benefício de um punhado de privilégios como objetivos essenciais de seu programa de governo.

(…) Estamos obrigados a entender a realidade para contá-la. Nossa indignação pessoal tem que ser um motor, não um freio de mão. Nossa sensibilidade, ainda que nos arroje por um momento ao pranto e ao desconsolo, deve estar sempre ao serviço de compreender o que acontece. Compreender para contá-lo. Compreender para mudá-lo (…)”

Quisemos escrever estas linhas e as encontramos escritas. Seu autor, Roberto Caballero, um extraordinário jornalista que nos reconcilia com nossos pensamentos e sentires. Oxalá este número de Opinión Sur contribua em algo para a torrente de esclarecimento e determinação.

Cordiais saudações,

 

Os Editores

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