Esclarecer e preparar melhores intervenções

Nesta fase de refluxo de direitos, desenvolvimentos e soberanias vale refletir sobre os acontecimentos que fizeram possível os retrocessos. Os grupos concentrados condicionaram severamente o acontecer político, econômico e cultural de modo a se fortalecerem e possibilitarem seu cada vez maior controle de riqueza e poder de decisão. Isto não deveria surpreender, porque sempre o fizeram, se bem com maior ou menor efetividade. O inadmissível é que o campo popular, a imensa maioria da humanidade, não tivesse reagido para exigir outros rumos. Resta muito por explicar, compreender, esclarecer e também por organizar e mobilizar. Por aí passam os desafios que é necessário encarar nesta difícil transição que oxalá desemboque em outros princípios ordenadores do funcionamento social: substituir o lucro sem fim de minorias que não valoram o planeta pelo bem-estar dos povos e o cuidado ambiental.

Neste número abordamos algumas destas questões. Na Seção Geopolítica se analisa como a antiga distinção entre poder duro (força militar) e poder brando (força de inspiração) foi substituída pela distinção entre força bruta e eficiência. Na Seção Transformações, se expõe um possível fio condutor entre filtragem de dados relacionados com as guaridas fiscais: uma luta de poder entre as principais potências financeiras sobre a porção a controlar os recursos administrados por estas guaridas fiscais. Na Seção Desenvolvimento, se apresentam novas políticas que sirvam ao bem-estar e o cuidado ambiental.

Cordiais saudações de fim de ano.

 

Os Editores

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