Desde tempos imemoriais, minorias que ostentam privilégios enganam e submetem grandes maiorias para preservar seus interesses. Em nível cultural impõem certos valores, crenças, tradições, instituições que justificam e consagram a ordem imposta; elaboram enganosas ideologias que sustentam o “direito” a dispor de seus privilégios. Se não basta o marco institucional imposto, controlam a força repressiva para dissuadir ou conter tentativas transformadoras.
À medida que se estabelecem sistemas democráticos e as maiorias adquirem direitos políticos que antes não detinham, o privilégio se ajusta às novas circunstâncias e aponta para capturar as democracias, manipulando a opinião pública; utilizam, para isso, seu poder econômico e meios de comunicação, redes sociais e certas trincheiras judiciais que lhes são afins. Isto, por si só, é muito grave em todas as latitudes do planeta, mas muitíssimo mais se a democracia capturada é a que detém o maior poder econômico e militar do mundo; as implicações geopolíticas são enormes.
Neste número de Opinión Sur abordamos estas questões.
Cordiais saudações,
Os Editores