Reflexões

Sobre uma “melhor” sociedade

É realmente uma “melhor” sociedade aquela em que as possibilidades estão restringidas a menos da terça parte da população? O que acontece com a solidariedade e, até com a sensação de segurança, que se perde quando um está rodeado por gente que cobiça ou inveja o que o outro tem? É possível ser feliz em uma sociedade violenta e fragmentada? O que se passa com a criatividade e com o desenvolvimento intelectual, que requerem uma educação liberadora e enriquecedora? É possível ser feliz em uma bolha de consumo governada por interesses alheios?

Hoenir Sarthou

Sobre negar o aquecimento global

Exatamente as mesmas técnicas usadas pelos Relações Públicas da indústria de cigarros são usadas agora na negação de uma evidência, todavia, ainda mais visível, mais comprovada: a da conexão entre o aquecimento global e o consumo de combustíveis fósseis, que expulsam para a atmosfera quantidades massivas de dióxido de carbono e metano. Mais efetivo que negar resulta, de novo, fingir que as coisas não estão claras, que existe um desacordo entre grupos de cientistas, que há duas caras para o assunto, igualmente respeitáveis.

Antonio Muñoz Molina

Sobre os que assumiram os rumos do mundo

Constatamos um fato singular: na medida em que crescem os danos à natureza que afetam cada vez mais as sociedades e a qualidade de vida, cresce simultaneamente a consciência de que, em 90% das vezes, tais danos se atribuem a atividade irresponsável e irracional dos seres humanos, mais especificamente, àquelas elites do poder econômico, político, cultural e midiático que se constituíram em grandes corporações multilaterais e assumiram por sua conta os rumos do mundo.

Leonardo Boff


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