Nós nos perguntamos, mas não ingenuamente, o que será que há na mente daqueles “poderosos” que não se importam com que suas decisões ou condutas impactem negativamente sobre a humanidade e o planeta. Tão alienados eles vivem para não perceberem a incidência de suas decisões? Seus interesses, ambições, cobiça ou avareza têm mais valor do que sua gente? Importam-se com saber que os sistemas naturais que sustentam a vida no planeta estão seriamente ameaçados? Acreditam eles nos argumentos com que se escudam, aquilo que quando suas decisões castigam populações inteiras ou destroem o meio-ambiente trata-se de “danos colaterais” ou “externalidades” supostamente não desejadas mas absolutamente previsíveis? Uma maneira de encobrir suas más ações é eles utilizarem sinuosas formas de afastar próprias decisões dos seus efeitos destrutivos. Nós vemos isto em muitas dimensões do funcionamento do mundo.
Na seção de Geopolítica observamos como a pandemia pode fortalecer a autoridade do Estado ou a natureza autoritária dele. Na seção de Desenvolvimento analisamos como operam os temíveis tecidos financeiros apropriadores e falamos de BlackRock, o maior fundo de investimentos, para exemplificar como decisões em proveito próprio vão descendo até atingir empresas, fornecedores, trabalhadores e países inteiros que lutam para reestruturar insustentáveis endividamentos. Na seção de Transformações, o autor cruza a intensidade do processo letal contemporâneo com a opção da convivência em paz, solidariedade e justiça, cuidando a Mãe Terra.
No exemplar de Opinión Sur deste julho que passou já não trabalhou conosco Juliana Silveira, nossa querida tradutora de português. Juliana irradia afeto – além de ser uma séria profissional. Oxalá ela permaneça por anos na equipe porque, em mais de um sentido, faz parte da nossa família de vida.
Cordiais saudações,
Os Editores
Opinion Sur



