Até quando alijados de cuidar do planeta e da humanidade inteira!

Sempre custo a entender como pequenas minorias lograram submeter enormes maiorias e, não obstante, é uma constante desde os alvores da humanidade. Sem dúvida que a força repressiva intervém para que uns se imponham a outros, ainda que não seja tudo. Até faz umas poucas décadas as precárias democracias eram capturadas com golpes de Estado onde não só foram responsáveis os militares que comandaram as insurreições. Acima deles sempre estiveram seus mandantes, aqueles que detinham o poder real. Um poder que se adapta às circunstâncias dos tempos e os que o integram, sempre aferrados ao timão de países e nações.

Hoje, no contexto de um desaforado processo de concentração da riqueza e o consequente poder de decisão, se aperfeiçoaram os velhos instrumentos de dominação. Mais sofisticadas tecnologias para manipular consciências através de redes sociais. Apoderados de meios de comunicação transformados em hegemônicos, cooptados setores da política e da Justiça, com usinas de pensamento estratégico que lhes provê cobertura ideológica, as poderosas minorias mantêm por trás da cena o poder de dissuasão das forças de segurança e concentram seus maiores esforços em colonizar as mentes dessas maiorias para desviar sua atenção, aliená-las com vícios e um irrefreável consumismo, fragmentá-las para que uns peleiem com outros, tonteá-las com banalidades e espelhinhos coloridos. As cumplicidades se compram, não faltam os amanuenses da submissão popular.

Até quando as maiorias estarão alijadas de cuidar do planeta e da humanidade inteira?

Sair dessas prisões exige crescer em esclarecimento, aprofundá-lo até reconhecer as raízes da dominação e as dinâmicas que a sustentam. E, ademais, avançar em organização, limando divisões, alinhando interesses que nos querem fazer crer que são antagônicos quando muito poucos o são. Muitos outros podem ser alinhados; isto é, respeitados em sua diversidade e convergindo para as conquistas maiores. Cabe passar de um mundo timoneado por minorias a outro, onde as diferentes vidas e decisões brotem desde os bilhões que compartilham o planeta. Não mais a indignidade da cobiça sem fim.

Cordiais saudações,

Os Editores 

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